A cidade de Patos, no sertão da Paraíba, vive um momento de intensa discussão política após o término do prazo para substituição de candidaturas para as eleições municipais. A polĂȘmica gira em torno da cota de gĂȘnero, que exige que as chapas de vereadores contemplem no mínimo 30% de candidaturas femininas.
Com a renúncia de alguns candidatos a vereador, a dúvida que paira no ar é se as chapas ainda atendem aos requisitos da lei. A Justiça Eleitoral, por sua vez, garante que, por enquanto, não hĂĄ irregularidades.
A Juíza Eleitoral Vanessa Moura Pereira de Cavalcante, da 28ÂȘ Zona Eleitoral de Patos, esclareceu que as renúncias, neste momento, não configuram fraude eleitoral ou qualquer impedimento para os partidos seguirem com suas chapas.
"A questão da cota de gĂȘnero serĂĄ analisada no momento da apresentação do Demonstrativo de Regularidade de Atos PartidĂĄrios (DRAP). Se as renúncias ocorreram após essa fase, a situação serĂĄ analisada judicialmente. É impossível prever o que serĂĄ alegado em caso de ação futura ou quais fundamentos serão utilizados", explicou a juíza.
Em relação às desistĂȘncias de candidatas do MDB em Patos, a juíza afirmou que não hĂĄ ilegalidade na cota de gĂȘnero, mesmo com a desproporcionalidade após as renúncias.
"O partido cumpriu os requisitos na apresentação do DRAP, e as desistĂȘncias geram apenas uma preocupação em relação a um possível efeito futuro. Em tese, hĂĄ uma situação de preclusão, pois a cota de gĂȘnero foi observada no momento do DRAP. Caso haja questionamento, ele serĂĄ posterior, e o juiz analisarĂĄ os fundamentos apresentados", finalizou.
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