O líder do Republicanos, Hugo Motta (PB), afirmou que busca um consenso da extrema direita à extrema esquerda com sua candidatura à presidência da Câmara dos Deputados.
"Temos confiança de que construiremos essa candidatura de consenso da extrema direita à extrema esquerda para que tenhamos a Casa funcionando bem, os partidos respeitados e que cada um possa defender a pauta que considera importante para o país", afirmou Motta na manhã desta segunda-feira (21).
O deputado foi à Conferência Internacional Datagro sobre Açúcar e Etano, em São Paulo, com o atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Essa foi a segunda aparição pública dos dois juntos desde que Lira afirmou a deputados que Motta será seu candidato na disputa pela presidência da Câmara dos Deputados.
Hugo Motta afirmou estar conversando com líderes de partidos e deputados individualmente para viabilizar a candidatura. "O PT tem discutido com a gente sobre a governabilidade. Estivemos com o presidente Lula", relatou.
O deputado defende que sua candidatura "tem que representar o sentimento dos parlamentares e, nesse sentimento, tem que estar o diálogo com outros poderes".
Em setembro, Lira posou para fotos ao lado de Motta e de líderes de outros sete partidos, numa sinalização de aliança com o candidato do Republicanos. Apesar disso, quando questionado por jornalistas se era uma sinalização de apoio oficial, o atual presidente se esquivou.
"Sucessão da Câmara a gente fala na Câmara", afirmou. Ele disse que se pronunciará sobre o assunto no momento adequado.
"Há um ano a imprensa especulou que meu candidato seria Elmar Nascimento, que é meu amigo pessoal, e eu nunca falei qual era o candidato porque tenho todos na mais alta conta; todos têm condição de representar o Parlamento. Vamos esperar as eleições passarem e a gente se posiciona", afirmou.
Motta foi alçado à disputa após uma reviravolta, com a desistência do presidente de seu partido, Marcos Pereira (Republicanos-SP). Até então, o líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), era tido como o favorito para ter a chancela de Lira.
Victória Cócolo, da Folhapress