Corrida ao Senado agita bastidores na Paraíba: veja os nomes cotados para as duas vagas em 2026

A disputa pelas duas vagas ao Senado Federal que estarão em jogo nas eleições de 2026 na Paraíba já começa a movimentar os bastidores da política estadual. Governistas, oposicionistas e nomes independentes estão entre os cotados para entrar na corrida, que promete ser uma das mais acirradas das últimas décadas no estado. A lista de possíveis candidatos mescla velhos conhecidos da política com figuras que vêm ganhando espaço em suas regiões e articulações de cúpula.

João Azevêdo (PSB)

Governador da Paraíba em segundo mandato, João Azevêdo é um dos nomes mais fortes para a disputa. Impedido de tentar a reeleição ao cargo que ocupa atualmente, ele vem sendo apontado como provável candidato ao Senado, opção que agrada ao núcleo governista e pode garantir um palanque robusto. Azevêdo encerra seu ciclo no Executivo com capital político elevado e apoio consolidado em diversas regiões do estado.

Nabor Wanderley (Republicanos)

Prefeito de Patos e figura influente no Sertão, Nabor Wanderley é pai do deputado federal e presidente estadual do Republicanos, Hugo Motta. Seu nome circula tanto como possível candidato ao Senado quanto como aposta para compor uma chapa como vice-governador na base de João Azevêdo. A eventual entrada de Nabor na disputa dependerá do arranjo interno entre Republicanos, PSB e PP.

Mersinho Lucena (PP)

Deputado federal em primeiro mandato e filho do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, Mersinho é visto como plano B do grupo progressista para o Senado, caso o pai não dispute o governo. Com base eleitoral na capital e bom trânsito político, Mersinho tenta se consolidar como um nome jovem capaz de herdar o espólio político da família Lucena.

Daniella Ribeiro (PP)

Atual senadora, Daniella Ribeiro ainda avalia os cenários possíveis. Caso o filho, o vice-governador Lucas Ribeiro, seja escolhido como candidato ao governo pela base governista, é possível que Daniella abra mão da reeleição para concentrar forças na campanha do filho. Mas se Lucas não for candidato, ela poderá buscar um novo mandato no Senado e disputar uma das duas vagas em jogo.

Veneziano Vital do Rêgo (MDB)

Senador em fim de mandato, Veneziano já deixou claro que buscará a reeleição. Com forte atuação em Brasília, o emedebista se movimenta para manter alianças e ampliar seu alcance em segmentos populares e prefeitos do interior. O desafio, porém, será lidar com o desgaste político de eleições anteriores e possíveis divisões internas no MDB.

Pedro Cunha Lima (PSD)

Ex-deputado federal e ex-candidato a governador, Pedro Cunha Lima surge como nome de peso na oposição. Embora cotado para uma nova candidatura ao Executivo estadual, há também a possibilidade de que integre a chapa majoritária como candidato ao Senado, o que abriria espaço para uma composição mais ampla com o apoio de partidos de centro e direita.

Pastor Sérgio Queiroz (Novo)

Candidato ao Senado em 2022, Sérgio Queiroz representou o bolsonarismo na Paraíba e teve votação expressiva, ficando em terceiro lugar. Para 2026, deve disputar novamente, agora com maior estrutura e experiência política. Sua candidatura tende a consolidar o eleitorado conservador, especialmente caso Bolsonaro mantenha força eleitoral no estado.